terça-feira, 14 de junho de 2016

O belo, o limpo e o amor

O VESTIDO AZUL

“Num bairro pobre de uma cidade distante, morava uma garotinha muito bonita. Ela frequentava a escola local. Sua mãe não tinha muito cuidado e a criança quase sempre se apresentava suja. Suas roupas eram muito velhas e maltratadas. A professora ficou penalizada com a situação da menina e comentou: ‘como é que uma menina tão bonita pode vir para a escola assim tão mal arrumada?’. Preocupada com isto, ela separou algum dinheiro do seu salário e, embora com dificuldade, resolveu comprar um vestido novo, azul, para a menina. A menina ficou linda naquele vestido azul!

Porém, quando a mãe viu a filha naquele lindo vestido, sentiu que era lamentável que sua filha, vestindo aquele traje novo, fosse tão suja para a escola. Por isso, passou a lhe dar banho todos os dias, pentear seus cabelos, cortar suas unhas e a cuidar melhor dela. Quando acabou a semana, o pai falou: ‘mulher, você não acha uma vergonha que nossa filha, sendo tão bonita e bem arrumada, more em um lugar como este, caindo aos pedaços? Que tal você ajeitar as coisas da casa e eu, nas horas vagas, dar uma pintura nas paredes, consertar a cerca e plantar um jardim’. E assim fizeram...

Logo mais, a casa se destacava na pequena vila, pela beleza das flores que enchiam o jardim e pelos cuidados em todos os detalhes. Tudo ficou tão arrumado naquela casinha, que os vizinhos ficaram envergonhados por morarem em barracos feios e resolveram também arrumar as suas casas, plantar flores e usar pintura e criatividade. Em pouco tempo, o bairro todo estava transformado!

O trabalho daquela comunidade ficou tão bom que, dias mais tarde, uma pessoa influente na cidade e que acompanhara os esforços e as lutas daquela gente, pensou que eles bem mereciam um auxílio das autoridades. Pensando assim, ela foi ao prefeito expor suas ideias e saiu da Prefeitura com autorização para formar uma comissão para estudar e propor os melhoramentos que seriam necessários naquele bairro.

Ao final do processo, com a integração do poder público e a comunidade, a rua de pó e lama foi coberta por asfalto e recebeu calçadas de pedra, os esgotos a céu aberto foram canalizados e o bairro ganhou ares de cidadania e passou a proporcionar mais conforto e segurança para os seus habitantes.”

Tudo começara com um simples VESTIDO AZUL doado por uma professora sensibilizada com aquela sua aluna! Não era intenção da professora consertar toda a rua, nem criar um organismo que socorresse o bairro. Ele apenas fez o que podia; deu a sua contribuição e fez o primeiro movimento, que acabou levando as outras pessoas a se motivarem e a lutarem por mais melhorias.
Então, cabe
 uma pergunta simples, mas profunda e que deve ser respondida com muita sinceridade por todos nós: “será que cada um de nós está fazendo a sua parte no lugar em que vive?” Por acaso somos daqueles que somente apontamos os buracos da rua, as crianças maltrapilhas e sem escola e a violência que só faz aumentar?

LEMBRE-SE: É DIFÍCIL MUDAR TODAS AS COISAS E LIMPAR TODA A RUA;

MAS É FÁCIL CUIDAR DA NOSSA PRÓPRIA CALÇADA.